15 setembro 2009

Se existisse jabá no jornalismo causaria danos à qualidade do trabalho?

As relações entre jornalistas e os assuntos de suas matérias chegam a ser promíscuas, principalmente quando as fontes e personagens oferecem benefícios materiais em troca de exposição na mídia, publicidade ou elogios.
O aliciamento de jornalistas para obtenção de comentários favoráveis, como, a prática do jabá é responsável por boa parte do faturamento de emissoras de programas televisivos de auditório.
Desta maneira, jornalismo é, essencialmente, uma atividade que se baseia em fatos e visa falar da realidade, devendo ser independente acima de tudo. A principal característica está na sua essência, pois, jornalismo de verdade não pode estar submetido a questões empresariais, comerciais nem ter relações promíscuas com suas fontes.
O jornalista não deve aceitar mimos, também não pode deixar de denunciar a corrupção sofrida. Porque, se não está na moral de cada um, está no código de ética jornalística. De acordo, as aulas de ética jornalística na faculdade, deve-se escolher a informação mais honesta possível.
Qualquer estratégia jornalística dependente é comunicação institucional, caracterizado como jornalismo marrom que se manifesta quando uma posição é propositalmente omitida, e fatos são distorcidos ou apenas parcialmente divulgados para levar o leitor ao erro. È a forma como podem ser chamados os órgãos de imprensa considerados sensacionalistas que buscam alta audiência e vendagem através da divulgação exagerada de fatos e acontecimentos.
O crime de suborno pode ser iniciado pelo pagador, que tem interesse financeiro no resultado da transação e a controla. O pagamento de quantias monetárias ou a doação de presentes para que redes de comunicação públiquem determinados fatos de acordo com o proposito de benefiar a fonte pagadora, é uma forma de jabá.
As aulas de teoria do jornalismo, deveria ajudar proporcionando outras instâncias de utilização comunicacional conveniente ao interesse público. Mas, muitas vezes não é o suficiente. Portanto, o jabá manipula gostos, a produção regional e a diversidade cultural, significa a privatização de espaços de comunicação que deveriam representar o interesse público.

Juizo de Valor e Realidade no Jornalismo

Os jornais de maneira geral trombeteiam distanciamento entre as páginas de opinião e as páginas de noticiário. Ora, o mundo real não se divide em fatos jornalísticos e não-jornalísticos.

Como se juízo de valor não fosse atributo inerente de todos os espaços editoriais, ao estabelecer juízo de valor numa reportagem sem perverter um milímetro o conceito de desobrigação. Portanto, devendo pagar em forma de credibilidade dos leitores.
A concepção entre empresários e empregados de órgãos de comunicação sobre o tema a de que existem fatos jornalísticos e fatos não-jornalísticos, é que à imprensa cabe cobrir e expor os fatos jornalísticos e deixar de lado os não-jornalísticos. Funcionando, como uma racionalização do padrão de ocultação na manipulação do real.
Todos os fatos, toda a realidade pode ser jornalística, e o que vai tornar jornalístico um fato independe das suas características reais, e sim, das características do órgão de imprensa. A ocultação é decisivo e definitivo na manipulação da realidade, tomada a decisão de que um fato não é jornalístico, não há a menor chance de que o leitor tome conhecimento de sua existência por meio da imprensa. E o fato presente na produção jornalística, real ou ficcional, passa tomar o lugar do fato real e a compor, uma realidade diferente da real, artificial, criada pela imprensa. Contudo, o fato real foi eliminado da realidade, ele não existe.

03 setembro 2009

Proibido o Cigarro eletrônico


O cigarro eletrônico é um dispositivo desenvolvido para ajudar os fumantes a abandonar o vício, mas que aparentemente tem substâncias nocivas.
Desenvolvido por uma empresa chinesa, o dispositivo tem a aparência de um cigarro convencional e é composto por um inalador, um cartucho, um chip e uma bateria recarregável. O aparelho lhe oferece ao fumante dose de nicotina que variam segundo o gosto do consumidor e, em lugar de fumaça, emite um vapor de água que supostamente não prejudica a saúde.
Seus fabricantes alegam que, além de não emitir fumaça nociva à saúde, o produto não contém alcatrão, monóxido de carbono e nem o restante das substâncias danosas presentes no tabaco.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a importação e a venda no Brasil do cigarro eletrônico. A Anvisa disse ter levado em conta em sua decisão a falta de comprovação científica sobre a eficiência e a segurança do produto. Até agora, o cigarro eletrônico não tinha sido registrado nem oferecido no Brasil, e sua venda foi vetada depois de uma consulta pública realizada com a participação órgãos de defesa do consumidor.

Horta Comunitária Sustentável


Projetos de inclusão social estão sendo desenvolvido apartir de atividades produtivas, apoiando várias iniciativas em parceria com instituições públicas, prefeituras e entidades não-governamentais.
PROJETOS DE INCLUSÃO SOCIOPRODUTIVA:
Cadeias Produtivas - Agroindústria, priorizando arranjos produtivos de cachaça e derivados da cana-de-açúcar, com vistas ao fortalecimento dos núcleos produtivos já implantados. A parceria firmada com o Sebrae beneficiará três municípios e 250 famílias Horticultura, com a implantação do projeto-piloto de Horta Comunitária Sustentável em comunidades carentes de Salvador, com apoio da SECOMP, Uneb e Chesf, voltado para a estruturação das áreas de plantio, organização do trabalho associativo e autogestão dos moradores das comunidades beneficiadas, sendo 60 famílias diretamente beneficiadas.
Probiodiesel Bahia – Em parceria com a SECTI, EBDA e outros atores da Rede Baiana de Biocombustíveis – RBB, busca estimular a integração dos produtores e seus familiares no beneficiamento da mamona (biodiesel, torta, glicerina) Entre as ações destacam-se: edição do Manual do Cultivo da Mamona e distribuição de oito mil exemplares para os pequenos produtores do semi-árido baiano, instalação de campos de cultivo e laboratório de desenvolvimento de sementes fiscalizadas.
Cerâmica Artística – Em parceria com a Associação Progetto Sud Uil Brasil, será implantado um Centro de Formação em Cerâmica Artística e Artesanal, no Pelourinho, com vistas à formação, capacitação e orientação técnica de 200 artesãos ceramistas, cujo convênio foi assinado em outubro.
Geração de Renda Associada ao kit Moradia - Foi criado com o objetivo de apoiar projetos de geração de trabalho e renda, como ações complementares à construção de casas populares (kit moradia), conforme diagnóstico das demandas de cada região Como resultado acumulado, registram-se 236 municípios conveniados e um total de 7.134 famílias beneficiadas (30 por município), com renda bruta per capita igual ou inferior a R$ 50,00.
Pétalas que Transformam Vidas – Em Morro do Chapéu está sendo apoiado um projeto da Associação de Floricultores de Morro do Chapéu – Callamo, que beneficia 30 agricultores do município e integrantes da associação. Como incentivo, estão recebendo uma bolsa no valor de R$ 100,00 mensais durante o período de oito meses, fase prevista para a implantação total do projeto. O Governo do Estado, através da SECOMP, apóia financeiramente o projeto Foi realizada a perfuração e instalação de um poço tubular, oferecendo água de boa qualidade; construção de cercas em todas as áreas e colocação de um portão central e instalação elétrica, beneficiando todas as áreas; aquisição de adubos e insumos; instalação de um reservatório de 20 mil litros de água; aquisição de materiais para construção de um viveiro; realização de cursos de associativismo e cooperativismo para 30 jovens.
Projeto Cio da Terra - A Rochagem, uma ecotecnologia capaz de viabilizar a sustentabilidade de comunidades quilombolas, foi transformada em um projeto do Governo do Estado da Bahia com o nome de Cio da Terra. Trata-se de uma parceria entre a SECOMP e a Universidade de Brasília – UNB, que tem como principal objetivo desenvolver formas alternativas de fertilização de terras agrícolas cultivadas por pequenos produtores, inicialmente os pertencentes a comunidades de afrodescendentes, em três regiões do Estado Foram implantadas dez unidades demonstrativas da técnica de Rochagem em comunidades quilombolas localizadas nos municípios de Rio de Contas, Lençóis, São Gabriel, Jussara, Cachoeira, Santo Amaro, Santo Antônio de Jesus, América Dourada e Irecê, beneficiando 800 famílias Além da parceria SECOMP/UNB, o projeto tem buscado parceiros locais, públicos e privados, especialmente da área de mineração, o que resultou na efetivação de três parcerias com empresas privadas – Fosbahia, Pedreira Valéria e Terra Produtiva, que doaram parte do material para implantação das unidades.

30 agosto 2009

DICA:

2ª Exposição Modos de Ver


A exposição, organizada pelo Instituto Casa da Photographia, sob a administração dos fotógrafos Adenor Gondim e Isabel Gouvêa, reúne 43 fotografias feitas pelos participantes das 4ª e 5ª edições do Projeto Modos de Ver.

Os temas desta edição serão a festa de Yemanjá e os aspectos ligados á religiosidade e ao povo, eo design popular de feiras e praças, como a de São Joaquim.


Abertura: 10 agosto, ás 19h

Visitação: 11 agosto a 10 setembro das 10 ás 20hs de segunda a domingo

Local: ( Galeria) - Aliança Francesa de Salvador - ladeira da barra, 3336-7599

Entrada franca

11 agosto 2009


Os Autistas e a inclusão sócio-educacional
Por Simone Santos


A Associação de Amigos do Autista (AMA) foi criada em 1983 por pais de autistas e tem atuação em Salvador desde 2004. Está localizado na Rua Macedo de Aguiar, 98, Patamares.
A AMA busca facilitar o desenvolvimento das crianças e inseri-las na educação formal, lhes proporcionado maior independência e produtividade para superar as dificuldades enfrentadas por portadores de autismo. Procura também ajudá-las na convivência social, pois o problema é confundido muitas vezes como uma deficiência mental até por alguns médicos.
Por apresentar atraso na linguagem, o autista demora muito para falar e alguns até passam a vida inteira sem exercitar a fala, causando dificuldades de comunicação, imaginação e interação social. Com isto, a inserção de crianças autistas em escolas regulares sem o acompanhamento prévio de um especialista torna-se inviável.
A AMA oferece atendimento educacional especializado. “Crianças, jovens e adultos participam de um programa especial de comunicação através de um sistema de diálogo por troca de figuras”, afirma Rita Valéria Brasil, presidente da AMA e mãe de um autista.
Em “parceria com as Secretarias municipal e estadual de Educação, a AMA preta assistência à rede regular de ensino, preparando profissionais da rede estadual e municipal, visitando escolas, ministrando palestras e ursos em faculdades”, comenta Angélica Menezes, diretora da Associação Baiana de Autismo.
O trabalho desenvolvido pela instituição procura estudar e criar novas práticas, num processo de adequação dos métodos pedagógicos que garantam uma melhor qualidade de ensino. O projeto visa compreender melhor a forma de aprendizado dos autistas a fim de que os orientadores recebam a formação adequada para atuarem no processo de inclusão gradativa e abrangente destes cidadãos na sociedade.
A ética e a moral jornalística
Por Simone Santos

Moral e ética, às vezes, são palavras empregadas como sinônimos, um conjunto de princípios ou padrões de conduta. Ética pode também significar Filosofia da Moral, portanto, um pensamento reflexivo sobre os valores e as normas que regem as condutas humanas. Em outro sentido, ética pode referir-se a um conjunto de princípios e normas que um grupo estabelece para seu exercício profissional.
Em outro sentido, ainda, pode referir-se a uma distinção entre princípios que dão rumo ao pensar sem prescrever formas precisas de conduta e regras precisas e fechadas.
Portanto, deve-se chamar a atenção para o fato de a palavra “moral” ter, para muitos, adquirido sentido pejorativo, associado a “moralismo”. Assim, muitos preferem associar à palavra ética os valores e regras que prezam, querendo assim marcar diferenças com os “moralistas”. Parte-se do pressuposto de que é preciso possuir critérios, valores, e, mais ainda, estabelecer relações e hierarquias entre esses valores para nortear as ações em sociedade.
Situações cotidianas da vida colocam claramente essa necessidade. Por exemplo, é ou não ético roubar um remédio, cujo preço é inacessível, para salvar alguém que, sem ele, morreria? Colocado de outra forma: deve-se privilegiar o valor “vida” ou o valor “propriedade privada?”.
Com o passar do tempo, as sociedades mudam e também mudam os homens que as compõem. Por exemplo: até pouco tempo atrás, as mulheres eram consideradas seres inferiores aos homens, e, portanto, não merecedoras de direitos iguais. Portanto, a moralidade humana deve ser enfocada no contexto histórico e social.
A dignidade da pessoa humana de como agir perante os outros recebe uma resposta precisa: agir sempre de modo a respeitar a dignidade, sem humilhações ou discriminações em relação a sexo ou etnia, pressupondo um valor moral que os homens têm direito de ter suas opiniões, de expressá-las, de organizar-se em torno delas. Não se deve, portanto, obrigá-los a silenciar ou a esconder seus pontos de vista; ou seja, são livres.
A sociedade é que permite a expressão das diferenças, a expressão de conflitos, em uma palavra, a pluralidade. Portanto, para além do que se chama de conjunto central de valores, deve valer a liberdade, a tolerância, a sabedoria de conviver com o diferente, com a diversidade.
Tal valorização da liberdade não está em contradição com a presença de um conjunto central de valores. Pelo contrário, o conjunto garante, justamente, a possibilidade da liberdade humana, coloca-lhe fronteiras precisas para que todos possam usufruir dela, para que todos possam preservá-la.
As pessoas não nascem boas ou ruins; é a sociedade, quer queira, quer não, que educa moralmente seus membros: a família, os meios de comunicação e o convívio com outras pessoas tenham influência marcante no comportamento das pessoas.
O caráter abstrato dos valores éticos trata-se de princípios e não de mandamentos. Supondo que o homem deva ser justo. É claro que não existem normas acabadas, regras definitivamente determinado. Contudo, ético é um eterno pensar, refletir, construir.

04 agosto 2009


Acne pode ser tratada gratuitamente
Por Simone Santos


Aos 15 anos, a estudante de jornalismo Carine Andrade começou a aparecer espinhas no rosto. No mesmo período em que começou a trabalhar, provavelmente provocada por uma mudança brusca na alimentação. Devido a muitas manchas de pele passou a comprar pomadas, que não necessitam de indicação médica, para retirá-las. Carine sempre procurou tratamento, mas sem êxito até os 21 anos.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia, o grande problema para 14% dos pacientes que procuram o dermatologista é a acne. A faixa etária entre 15 e 25 anos concentra os pacientes que mais sofrem com a doença, que pode deixar marcas e cicatrizes na pele para o resto da vida, também causando danos emocionais, por interferir na aparência. A prevalência por faixa etária em pessoas até 14 anos é 14%, entre 15 a 39 anos 26,5%, 40 a 64 anos 2,1%. Já a prevalência por raça, nos brancos é 14,5%, e nos pardos/negros 12% e na prevalência por sexo tanto homens quanto mulheres é 14%.
Nas mulheres, a acne é mais frequente dos 14 aos 17 anos, já nos homens com maior frequência entre os 16 e 19 anos. A maioria dos casos de acne se resolve espontaneamente na segunda década da vida. Mas, algumas pessoas continuam apresentando os sintomas durante a vida adulta, até cerca de 35 anos, representando apenas 1% da população masculina e 5% da feminina.
“A acne em mulheres na fase adulta não é normal, estas devem fazer exames detalhados para identificar a origem do problema, podendo estar relacionados à disfunção hormonal, ovários policísticos, aumento dos hormônios andrógenos, ou a problemas mais graves como um tumor de ovário adrenal”, informa a dermatologista Lídia Machado.

Tratamento :

Carine Andrade declara: “Foi somente a partir da avaliação do dermatologista da Faculdade Baiana de Medicina que obteve um resultado satisfatório”. Passou pelo laboratório de acne, por toda a parte burocrática que são diversos exames, posteriormente para o serviço social do Hospital Manoel Vitorino, onde foi submetida a um tratamento clínico gratuito com o uso de uma substância chamada de Isotretinoína, de reações muito agressivas que só pode ser utilizada mediante acompanhamento de um profissional.
Segundo a especialista em medicina estética Karine Cajado, os variados graus de acne é que determinam à gravidade do caso. O tratamento correto deve ser escolhido após detalhada avaliação médica, que sempre exigirá paciência e disciplina. Às vezes é necessário o uso de antibióticos ou derivados da vitamina A, também podendo ser utilizada a limpeza de pele e correção de cicatrizes através de esfoliações, ou seja, “peelings químicos, de cristal, diamante e laser”.
Carine comenta: “Qualquer problema estético, de qualquer ordem, é incômodo. A minha adolescência foi muito marcada por isso”. Como ela tinha uma pele muito lisinha e uniforme, foi uma mudança brusca o aparecimento das acnes. As pessoas lhe abordavam e diziam: “Você tem um rosto cheio de espinhas, você já viu!”. Na época isso lhe incomodava por que considera uma inconveniência muito grande alguém abordá-la para falar de algo que já sabia. Hoje aos 22 anos, após o tratamento a qual foi submetida, ao olhar o estado de sua pele não se percebe o transtorno que ela viveu em toda a sua adolescência, só solucionado na atual fase adulta.
Raquel Pereira, ex-paciente do Hospital Universitário Professor Edgard Santos entre os 15/23 anos teve um problema grave de acne e foi ao dermatologista que receitou Roacutan, nome fantasia da substância Isotretinoína. Medicamento este em parte agressivo, não podia tomar muito sol e provocava também problema nos lábios. O tratamento durou em média seis meses, mas depois de terminado nunca mais apareceu nada. “Se bem me lembro o médico disse que o tratamento era eficaz em mais ou menos 80% dos casos”. Um problema que atinge uma porção significante da população jovem e às vezes até a fase adulta podendo também levar a depressão por conta dos constrangimentos de ordem estética.
A estudante Milena Santana, paciente do Hospital Santa Izabel que tem problemas com espinhas e faz tratamento com Isotretinoína, diz: “Minha dermatologista falou que se eu usar suplementos que contenham vitamina B pode haver um caso de retorno da acne”. Substâncias comuns como anabolizantes, cortisona oral, tópica ou inalada, Complexo B, barbitúricos, anticonvulsivantes, hormônios androgênicos e outros; também podem causar acne.