Acne pode ser tratada gratuitamente
Por Simone Santos
Aos 15 anos, a estudante de jornalismo Carine Andrade começou a aparecer espinhas no rosto. No mesmo período em que começou a trabalhar, provavelmente provocada por uma mudança brusca na alimentação. Devido a muitas manchas de pele passou a comprar pomadas, que não necessitam de indicação médica, para retirá-las. Carine sempre procurou tratamento, mas sem êxito até os 21 anos.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia, o grande problema para 14% dos pacientes que procuram o dermatologista é a acne. A faixa etária entre 15 e 25 anos concentra os pacientes que mais sofrem com a doença, que pode deixar marcas e cicatrizes na pele para o resto da vida, também causando danos emocionais, por interferir na aparência. A prevalência por faixa etária em pessoas até 14 anos é 14%, entre 15 a 39 anos 26,5%, 40 a 64 anos 2,1%. Já a prevalência por raça, nos brancos é 14,5%, e nos pardos/negros 12% e na prevalência por sexo tanto homens quanto mulheres é 14%.
Nas mulheres, a acne é mais frequente dos 14 aos 17 anos, já nos homens com maior frequência entre os 16 e 19 anos. A maioria dos casos de acne se resolve espontaneamente na segunda década da vida. Mas, algumas pessoas continuam apresentando os sintomas durante a vida adulta, até cerca de 35 anos, representando apenas 1% da população masculina e 5% da feminina.
“A acne em mulheres na fase adulta não é normal, estas devem fazer exames detalhados para identificar a origem do problema, podendo estar relacionados à disfunção hormonal, ovários policísticos, aumento dos hormônios andrógenos, ou a problemas mais graves como um tumor de ovário adrenal”, informa a dermatologista Lídia Machado.
Tratamento :
Carine Andrade declara: “Foi somente a partir da avaliação do dermatologista da Faculdade Baiana de Medicina que obteve um resultado satisfatório”. Passou pelo laboratório de acne, por toda a parte burocrática que são diversos exames, posteriormente para o serviço social do Hospital Manoel Vitorino, onde foi submetida a um tratamento clínico gratuito com o uso de uma substância chamada de Isotretinoína, de reações muito agressivas que só pode ser utilizada mediante acompanhamento de um profissional.
Segundo a especialista em medicina estética Karine Cajado, os variados graus de acne é que determinam à gravidade do caso. O tratamento correto deve ser escolhido após detalhada avaliação médica, que sempre exigirá paciência e disciplina. Às vezes é necessário o uso de antibióticos ou derivados da vitamina A, também podendo ser utilizada a limpeza de pele e correção de cicatrizes através de esfoliações, ou seja, “peelings químicos, de cristal, diamante e laser”.
Carine comenta: “Qualquer problema estético, de qualquer ordem, é incômodo. A minha adolescência foi muito marcada por isso”. Como ela tinha uma pele muito lisinha e uniforme, foi uma mudança brusca o aparecimento das acnes. As pessoas lhe abordavam e diziam: “Você tem um rosto cheio de espinhas, você já viu!”. Na época isso lhe incomodava por que considera uma inconveniência muito grande alguém abordá-la para falar de algo que já sabia. Hoje aos 22 anos, após o tratamento a qual foi submetida, ao olhar o estado de sua pele não se percebe o transtorno que ela viveu em toda a sua adolescência, só solucionado na atual fase adulta.
Raquel Pereira, ex-paciente do Hospital Universitário Professor Edgard Santos entre os 15/23 anos teve um problema grave de acne e foi ao dermatologista que receitou Roacutan, nome fantasia da substância Isotretinoína. Medicamento este em parte agressivo, não podia tomar muito sol e provocava também problema nos lábios. O tratamento durou em média seis meses, mas depois de terminado nunca mais apareceu nada. “Se bem me lembro o médico disse que o tratamento era eficaz em mais ou menos 80% dos casos”. Um problema que atinge uma porção significante da população jovem e às vezes até a fase adulta podendo também levar a depressão por conta dos constrangimentos de ordem estética.
A estudante Milena Santana, paciente do Hospital Santa Izabel que tem problemas com espinhas e faz tratamento com Isotretinoína, diz: “Minha dermatologista falou que se eu usar suplementos que contenham vitamina B pode haver um caso de retorno da acne”. Substâncias comuns como anabolizantes, cortisona oral, tópica ou inalada, Complexo B, barbitúricos, anticonvulsivantes, hormônios androgênicos e outros; também podem causar acne.
Por Simone Santos
Aos 15 anos, a estudante de jornalismo Carine Andrade começou a aparecer espinhas no rosto. No mesmo período em que começou a trabalhar, provavelmente provocada por uma mudança brusca na alimentação. Devido a muitas manchas de pele passou a comprar pomadas, que não necessitam de indicação médica, para retirá-las. Carine sempre procurou tratamento, mas sem êxito até os 21 anos.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia, o grande problema para 14% dos pacientes que procuram o dermatologista é a acne. A faixa etária entre 15 e 25 anos concentra os pacientes que mais sofrem com a doença, que pode deixar marcas e cicatrizes na pele para o resto da vida, também causando danos emocionais, por interferir na aparência. A prevalência por faixa etária em pessoas até 14 anos é 14%, entre 15 a 39 anos 26,5%, 40 a 64 anos 2,1%. Já a prevalência por raça, nos brancos é 14,5%, e nos pardos/negros 12% e na prevalência por sexo tanto homens quanto mulheres é 14%.
Nas mulheres, a acne é mais frequente dos 14 aos 17 anos, já nos homens com maior frequência entre os 16 e 19 anos. A maioria dos casos de acne se resolve espontaneamente na segunda década da vida. Mas, algumas pessoas continuam apresentando os sintomas durante a vida adulta, até cerca de 35 anos, representando apenas 1% da população masculina e 5% da feminina.
“A acne em mulheres na fase adulta não é normal, estas devem fazer exames detalhados para identificar a origem do problema, podendo estar relacionados à disfunção hormonal, ovários policísticos, aumento dos hormônios andrógenos, ou a problemas mais graves como um tumor de ovário adrenal”, informa a dermatologista Lídia Machado.
Tratamento :
Carine Andrade declara: “Foi somente a partir da avaliação do dermatologista da Faculdade Baiana de Medicina que obteve um resultado satisfatório”. Passou pelo laboratório de acne, por toda a parte burocrática que são diversos exames, posteriormente para o serviço social do Hospital Manoel Vitorino, onde foi submetida a um tratamento clínico gratuito com o uso de uma substância chamada de Isotretinoína, de reações muito agressivas que só pode ser utilizada mediante acompanhamento de um profissional.
Segundo a especialista em medicina estética Karine Cajado, os variados graus de acne é que determinam à gravidade do caso. O tratamento correto deve ser escolhido após detalhada avaliação médica, que sempre exigirá paciência e disciplina. Às vezes é necessário o uso de antibióticos ou derivados da vitamina A, também podendo ser utilizada a limpeza de pele e correção de cicatrizes através de esfoliações, ou seja, “peelings químicos, de cristal, diamante e laser”.
Carine comenta: “Qualquer problema estético, de qualquer ordem, é incômodo. A minha adolescência foi muito marcada por isso”. Como ela tinha uma pele muito lisinha e uniforme, foi uma mudança brusca o aparecimento das acnes. As pessoas lhe abordavam e diziam: “Você tem um rosto cheio de espinhas, você já viu!”. Na época isso lhe incomodava por que considera uma inconveniência muito grande alguém abordá-la para falar de algo que já sabia. Hoje aos 22 anos, após o tratamento a qual foi submetida, ao olhar o estado de sua pele não se percebe o transtorno que ela viveu em toda a sua adolescência, só solucionado na atual fase adulta.
Raquel Pereira, ex-paciente do Hospital Universitário Professor Edgard Santos entre os 15/23 anos teve um problema grave de acne e foi ao dermatologista que receitou Roacutan, nome fantasia da substância Isotretinoína. Medicamento este em parte agressivo, não podia tomar muito sol e provocava também problema nos lábios. O tratamento durou em média seis meses, mas depois de terminado nunca mais apareceu nada. “Se bem me lembro o médico disse que o tratamento era eficaz em mais ou menos 80% dos casos”. Um problema que atinge uma porção significante da população jovem e às vezes até a fase adulta podendo também levar a depressão por conta dos constrangimentos de ordem estética.
A estudante Milena Santana, paciente do Hospital Santa Izabel que tem problemas com espinhas e faz tratamento com Isotretinoína, diz: “Minha dermatologista falou que se eu usar suplementos que contenham vitamina B pode haver um caso de retorno da acne”. Substâncias comuns como anabolizantes, cortisona oral, tópica ou inalada, Complexo B, barbitúricos, anticonvulsivantes, hormônios androgênicos e outros; também podem causar acne.
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