30 agosto 2009

DICA:

2ª Exposição Modos de Ver


A exposição, organizada pelo Instituto Casa da Photographia, sob a administração dos fotógrafos Adenor Gondim e Isabel Gouvêa, reúne 43 fotografias feitas pelos participantes das 4ª e 5ª edições do Projeto Modos de Ver.

Os temas desta edição serão a festa de Yemanjá e os aspectos ligados á religiosidade e ao povo, eo design popular de feiras e praças, como a de São Joaquim.


Abertura: 10 agosto, ás 19h

Visitação: 11 agosto a 10 setembro das 10 ás 20hs de segunda a domingo

Local: ( Galeria) - Aliança Francesa de Salvador - ladeira da barra, 3336-7599

Entrada franca

11 agosto 2009


Os Autistas e a inclusão sócio-educacional
Por Simone Santos


A Associação de Amigos do Autista (AMA) foi criada em 1983 por pais de autistas e tem atuação em Salvador desde 2004. Está localizado na Rua Macedo de Aguiar, 98, Patamares.
A AMA busca facilitar o desenvolvimento das crianças e inseri-las na educação formal, lhes proporcionado maior independência e produtividade para superar as dificuldades enfrentadas por portadores de autismo. Procura também ajudá-las na convivência social, pois o problema é confundido muitas vezes como uma deficiência mental até por alguns médicos.
Por apresentar atraso na linguagem, o autista demora muito para falar e alguns até passam a vida inteira sem exercitar a fala, causando dificuldades de comunicação, imaginação e interação social. Com isto, a inserção de crianças autistas em escolas regulares sem o acompanhamento prévio de um especialista torna-se inviável.
A AMA oferece atendimento educacional especializado. “Crianças, jovens e adultos participam de um programa especial de comunicação através de um sistema de diálogo por troca de figuras”, afirma Rita Valéria Brasil, presidente da AMA e mãe de um autista.
Em “parceria com as Secretarias municipal e estadual de Educação, a AMA preta assistência à rede regular de ensino, preparando profissionais da rede estadual e municipal, visitando escolas, ministrando palestras e ursos em faculdades”, comenta Angélica Menezes, diretora da Associação Baiana de Autismo.
O trabalho desenvolvido pela instituição procura estudar e criar novas práticas, num processo de adequação dos métodos pedagógicos que garantam uma melhor qualidade de ensino. O projeto visa compreender melhor a forma de aprendizado dos autistas a fim de que os orientadores recebam a formação adequada para atuarem no processo de inclusão gradativa e abrangente destes cidadãos na sociedade.
A ética e a moral jornalística
Por Simone Santos

Moral e ética, às vezes, são palavras empregadas como sinônimos, um conjunto de princípios ou padrões de conduta. Ética pode também significar Filosofia da Moral, portanto, um pensamento reflexivo sobre os valores e as normas que regem as condutas humanas. Em outro sentido, ética pode referir-se a um conjunto de princípios e normas que um grupo estabelece para seu exercício profissional.
Em outro sentido, ainda, pode referir-se a uma distinção entre princípios que dão rumo ao pensar sem prescrever formas precisas de conduta e regras precisas e fechadas.
Portanto, deve-se chamar a atenção para o fato de a palavra “moral” ter, para muitos, adquirido sentido pejorativo, associado a “moralismo”. Assim, muitos preferem associar à palavra ética os valores e regras que prezam, querendo assim marcar diferenças com os “moralistas”. Parte-se do pressuposto de que é preciso possuir critérios, valores, e, mais ainda, estabelecer relações e hierarquias entre esses valores para nortear as ações em sociedade.
Situações cotidianas da vida colocam claramente essa necessidade. Por exemplo, é ou não ético roubar um remédio, cujo preço é inacessível, para salvar alguém que, sem ele, morreria? Colocado de outra forma: deve-se privilegiar o valor “vida” ou o valor “propriedade privada?”.
Com o passar do tempo, as sociedades mudam e também mudam os homens que as compõem. Por exemplo: até pouco tempo atrás, as mulheres eram consideradas seres inferiores aos homens, e, portanto, não merecedoras de direitos iguais. Portanto, a moralidade humana deve ser enfocada no contexto histórico e social.
A dignidade da pessoa humana de como agir perante os outros recebe uma resposta precisa: agir sempre de modo a respeitar a dignidade, sem humilhações ou discriminações em relação a sexo ou etnia, pressupondo um valor moral que os homens têm direito de ter suas opiniões, de expressá-las, de organizar-se em torno delas. Não se deve, portanto, obrigá-los a silenciar ou a esconder seus pontos de vista; ou seja, são livres.
A sociedade é que permite a expressão das diferenças, a expressão de conflitos, em uma palavra, a pluralidade. Portanto, para além do que se chama de conjunto central de valores, deve valer a liberdade, a tolerância, a sabedoria de conviver com o diferente, com a diversidade.
Tal valorização da liberdade não está em contradição com a presença de um conjunto central de valores. Pelo contrário, o conjunto garante, justamente, a possibilidade da liberdade humana, coloca-lhe fronteiras precisas para que todos possam usufruir dela, para que todos possam preservá-la.
As pessoas não nascem boas ou ruins; é a sociedade, quer queira, quer não, que educa moralmente seus membros: a família, os meios de comunicação e o convívio com outras pessoas tenham influência marcante no comportamento das pessoas.
O caráter abstrato dos valores éticos trata-se de princípios e não de mandamentos. Supondo que o homem deva ser justo. É claro que não existem normas acabadas, regras definitivamente determinado. Contudo, ético é um eterno pensar, refletir, construir.

04 agosto 2009


Acne pode ser tratada gratuitamente
Por Simone Santos


Aos 15 anos, a estudante de jornalismo Carine Andrade começou a aparecer espinhas no rosto. No mesmo período em que começou a trabalhar, provavelmente provocada por uma mudança brusca na alimentação. Devido a muitas manchas de pele passou a comprar pomadas, que não necessitam de indicação médica, para retirá-las. Carine sempre procurou tratamento, mas sem êxito até os 21 anos.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia, o grande problema para 14% dos pacientes que procuram o dermatologista é a acne. A faixa etária entre 15 e 25 anos concentra os pacientes que mais sofrem com a doença, que pode deixar marcas e cicatrizes na pele para o resto da vida, também causando danos emocionais, por interferir na aparência. A prevalência por faixa etária em pessoas até 14 anos é 14%, entre 15 a 39 anos 26,5%, 40 a 64 anos 2,1%. Já a prevalência por raça, nos brancos é 14,5%, e nos pardos/negros 12% e na prevalência por sexo tanto homens quanto mulheres é 14%.
Nas mulheres, a acne é mais frequente dos 14 aos 17 anos, já nos homens com maior frequência entre os 16 e 19 anos. A maioria dos casos de acne se resolve espontaneamente na segunda década da vida. Mas, algumas pessoas continuam apresentando os sintomas durante a vida adulta, até cerca de 35 anos, representando apenas 1% da população masculina e 5% da feminina.
“A acne em mulheres na fase adulta não é normal, estas devem fazer exames detalhados para identificar a origem do problema, podendo estar relacionados à disfunção hormonal, ovários policísticos, aumento dos hormônios andrógenos, ou a problemas mais graves como um tumor de ovário adrenal”, informa a dermatologista Lídia Machado.

Tratamento :

Carine Andrade declara: “Foi somente a partir da avaliação do dermatologista da Faculdade Baiana de Medicina que obteve um resultado satisfatório”. Passou pelo laboratório de acne, por toda a parte burocrática que são diversos exames, posteriormente para o serviço social do Hospital Manoel Vitorino, onde foi submetida a um tratamento clínico gratuito com o uso de uma substância chamada de Isotretinoína, de reações muito agressivas que só pode ser utilizada mediante acompanhamento de um profissional.
Segundo a especialista em medicina estética Karine Cajado, os variados graus de acne é que determinam à gravidade do caso. O tratamento correto deve ser escolhido após detalhada avaliação médica, que sempre exigirá paciência e disciplina. Às vezes é necessário o uso de antibióticos ou derivados da vitamina A, também podendo ser utilizada a limpeza de pele e correção de cicatrizes através de esfoliações, ou seja, “peelings químicos, de cristal, diamante e laser”.
Carine comenta: “Qualquer problema estético, de qualquer ordem, é incômodo. A minha adolescência foi muito marcada por isso”. Como ela tinha uma pele muito lisinha e uniforme, foi uma mudança brusca o aparecimento das acnes. As pessoas lhe abordavam e diziam: “Você tem um rosto cheio de espinhas, você já viu!”. Na época isso lhe incomodava por que considera uma inconveniência muito grande alguém abordá-la para falar de algo que já sabia. Hoje aos 22 anos, após o tratamento a qual foi submetida, ao olhar o estado de sua pele não se percebe o transtorno que ela viveu em toda a sua adolescência, só solucionado na atual fase adulta.
Raquel Pereira, ex-paciente do Hospital Universitário Professor Edgard Santos entre os 15/23 anos teve um problema grave de acne e foi ao dermatologista que receitou Roacutan, nome fantasia da substância Isotretinoína. Medicamento este em parte agressivo, não podia tomar muito sol e provocava também problema nos lábios. O tratamento durou em média seis meses, mas depois de terminado nunca mais apareceu nada. “Se bem me lembro o médico disse que o tratamento era eficaz em mais ou menos 80% dos casos”. Um problema que atinge uma porção significante da população jovem e às vezes até a fase adulta podendo também levar a depressão por conta dos constrangimentos de ordem estética.
A estudante Milena Santana, paciente do Hospital Santa Izabel que tem problemas com espinhas e faz tratamento com Isotretinoína, diz: “Minha dermatologista falou que se eu usar suplementos que contenham vitamina B pode haver um caso de retorno da acne”. Substâncias comuns como anabolizantes, cortisona oral, tópica ou inalada, Complexo B, barbitúricos, anticonvulsivantes, hormônios androgênicos e outros; também podem causar acne.