15 setembro 2009

Juizo de Valor e Realidade no Jornalismo

Os jornais de maneira geral trombeteiam distanciamento entre as páginas de opinião e as páginas de noticiário. Ora, o mundo real não se divide em fatos jornalísticos e não-jornalísticos.

Como se juízo de valor não fosse atributo inerente de todos os espaços editoriais, ao estabelecer juízo de valor numa reportagem sem perverter um milímetro o conceito de desobrigação. Portanto, devendo pagar em forma de credibilidade dos leitores.
A concepção entre empresários e empregados de órgãos de comunicação sobre o tema a de que existem fatos jornalísticos e fatos não-jornalísticos, é que à imprensa cabe cobrir e expor os fatos jornalísticos e deixar de lado os não-jornalísticos. Funcionando, como uma racionalização do padrão de ocultação na manipulação do real.
Todos os fatos, toda a realidade pode ser jornalística, e o que vai tornar jornalístico um fato independe das suas características reais, e sim, das características do órgão de imprensa. A ocultação é decisivo e definitivo na manipulação da realidade, tomada a decisão de que um fato não é jornalístico, não há a menor chance de que o leitor tome conhecimento de sua existência por meio da imprensa. E o fato presente na produção jornalística, real ou ficcional, passa tomar o lugar do fato real e a compor, uma realidade diferente da real, artificial, criada pela imprensa. Contudo, o fato real foi eliminado da realidade, ele não existe.

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